sábado, 18 de fevereiro de 2012

A necessidade do meu escrever transparece a minha fragilidade inconfessável.

Romeu & Julieta
( Willian Shakespeare)

Cena II
Jardim dos Capuletos.
Entra Romeu.




Romeu - Ri das chagas quem jamais foi ferido!
Mas, silêncio! Que luz reluz através daquela janela! É o oOiente e Julieta e é o sol! Surge,claro sol, e mata a lua cheia de inveja, já doente e pálida de desgosto, vendo que tu, sua serva, és bem mais bela do que ela! Não a sirvas porque é invejosa! Seu traje de vestal é doentio e verde, e somente os bufões o usam. Rejeita-o! É  minha dama! Ela é o meu amor! Oh! Se ela soubera! Fala,entretanto, nada diz; mas que importa? Falam seus olhos; vou responder-lhes! ... Sou muito atrevido. Não está falando comigo. Ditas das mais resplandecentes estrelas de todo o céu, tendo alguma ocupação, suplicaram aos olhos dela que brilhassem em suas esferas até que elas retornassem. Que aconteceria se os olhos dela estivessem no firmamento e as estrelas em sua cabeça? O fulgor de sua face envergonharia aquelas estrelas, omo a luz do dia a de uma lâmpada! Seus olhos lançariam de abóbada celeste os raios tão claros através da região etérea que cantariam as aves acreditando ter chegado a aurora! ... Olhai como apoia o rosto na mão! Oh! Quisera eu ser uma luva sobre aquela mão para que pudesse tocar naquele rosto!
( ... )


Julieta - Somente teu nome é meu inimigo. Tu és tu mesmo, sejas ou não um Montecchio. Que és um Montecchio Não é mão, nem braço, nem rosto, nem outra parte qualquer pertencente a um homem. Oh! Sê outro nome! Que há em um nome? O que chamamos de rosa, se tivesse outro nome, exalaria o mesmo perfume tão agradável; e assim, Romeu, se não se chamasse Romeu preservaria essa cara perfeição que possuí sem título. Romeu, despoja-te de teu nome e, em troca de teu nome, que não faz parte de ti, toma-me por inteira!





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