terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Eis que bate aquela vontade de se esconder, aquela tristeza que te corrompe e te rebaixa ao mais profundo abismo. Escuridão, choro que não sai, luz que não se acende.
Dali se olha e nada pode se ver, tudo quieto, parado, sem rumo e direção. Por mais que ande seu pé não se move, se move não lhe leva a lugar algum. O pranto bate, mas a porta externa não se abre, chore por dentro então...
O grito sufoca, a palma da mão trava, o pé já desiste. O olhar se rebaixa, a cabeça se declina, tudo cinza, cores ficaram iguais, sol se escondeu, esperança morreu.
"De que adianta tanto?" - você pergunta- Mas, cadê resposta? Por mais que ela venha em meio a dor não se quer palavras, precisa-se de atos, de ações, de apalpar, como Tomé ... infelizmente.
Nem sei o caminho, você menos ainda. Se sabe não pode conduzir, só indicar. Mas os pés não andam, se andam o destino é para trás, nunca um passo a frente, sempre recuando.
Triste, desolados, ás vezes essa é a razão que nos desperta, pois a vida não se recolhe e bem lá no fundo nem é isso que deseja. Deseja viver, vencer, cantar e saltitar, mas como? Esse é o mistério que a dor não desvenda, como?

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