domingo, 19 de fevereiro de 2012



Bondade sua, seu moço, achar que sou a magnitude de vossa vida. Peço-te somente, meu caro amo, que me acalme com teu silêncio brando e que me aqueça com um beijo teu.
Seja eu para ti como piano velho, mas que ainda exala beleza em melodias e murmúrios em timbres. Sejas tu então o artista que dedilha notas de suplício por um amor que o desejo acalanta.
Salve-me por tuas garras e guia-me pelas luzes do teu fulgor, habita-me como hospedeiro e suga-me o néctar da doçura ofertada.
Bondade sua, seu moço, olhar a lua e comparar-me a ela. Lua não mede brilhos, já meus olhos só lacrimejam pela recaída fúnebre daquilo que não mais tenho.
Oh! Quisera eu ser-te como tua e presentear-te com a honrrosa núpcia, mas caro moço, olhai-me ... entendei quão desonesta seria contigo. Não, bom moço, cultivas uma esperança vazia e uma sombria descoberta, mas imploro-te que sejais cavalheiro e ocultais tamanha desilusão.
Dedilha teu semblante nas teclas de meus olhos e sussurra-me por tua honrra o explendor de teu gosto. No mais, bom moço, peço-te somente que me tenhas como tua assim como a névoa vem com a madrugada e o sol secando as lágrimas, sejais meu e como recompensa, me tereis como pura, como tua, como um tudo.

*Regiane

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.